É difícil falar de fanatismo religioso sem se lembrar de uma triste marca ocorrida há 32 anos na pequena Guiana, onde um líder e os seguidores de uma seita, se reuniram para marcar aquele dia 18 de novembro como o de maior suicídio coletivo relacionado à crenas religiosas.
Jim Jones, Fanatismo Perigoso
O Homem
James Warren Jones era o líder de uma seita religiosa denominada Templo do Povo, e basicamente possuía grande influência entre seus seguidores, pessoas marginalizadas e de imagem fracassada de bairros pobres de ascendência negra em troca do princípio comum entre todas as religiões de grande apelo popular: “uma melhoria da tão já sofrida vida de todos, em nome do poder maior de Deus.
Day And Nigth
A Terra Prometida
Para os fiéis de Jim Jones, tudo o que importava era a crença que este homem disseminava entre seus “súditos”, e foi de extrema facilidade ele de conseguir convencer o “seu povo” que largassem tudo o que tinham e que fosse à cidade de Jones, ou Jonestown, um “buraco” no meio da selva amazônica na Guiana onde estariam isolados de tudo e de todos para que conseguissem realizar os objetivos de que a seita se encarregava de plantar. A partir daí, Jones construiu ao mundo à imagem de ditador religioso, pois os fiéis eram proibidos de sair da comunidade e tinham de concordar e viver o que o líder impunha, sob pena de diversas punições, as físicas eram mais costumeiras e não era nada difícil ver um pai delatar filhos ou cônjuge, por exemplo. Reflexo de seu intelecto doentio, Jones certa vez quis testar o quanto seu povo estaria do seu lado e ordenou que seus seguidores bebessem uma certa bebida, depois de todos terem bebido e estarem à espera do “milagre” revelou-se que tudo aquilo não passara de uma encenação.
Day
O Final
Já se fazia um ano que Jonestown existia e notícias dos devaneios do líder religioso se espalhavam pelo mundo, inclusive boatos de orgias sexuais incluindo menores, provocaram a ira do congresso norte americano, fazendo com que o deputado Leo Ryan se oferecesse a agir como pacificador e verificar às reais condições e Ter uma conversa diplomática com Jim Jones. Este aceitou plenamente o discurso do parlamentar americano e inclusive recebeu pedidos de alguns ara irem embora dali, o que foi prontamente atendido pelo líder, que, quando estava para fazer o embarque dos dissidentes num helicóptero da Força Aérea Americana, foram abatidos à tiro, sem deixar sobreviventes. Neste momento Jones percebeu que estava fora de controle, e sabendo das sanções que os americanos iriam cumprir logo que chegasse a notícia à Washington, reuniu seus seguidores e os convenceu de que seria melhor morrer a se render, fazendo com que 913 pessoas se envenenassem e depois ele mesmo desse um tiro na cabeça.
