A televisão está repleta de informação, entretenimento e música para todos os gostos. Não obstante, a TV é um dos principais meios de comunicação do planeta, cujo cenário está sendo dominado cada vez mais pelas outras mídias, como a internet e o smartphone.
Apesar de a tecnologia propiciar novos modos de se informar e se entreter, a TV, juntamente com o rádio, que foi a primeira mídia a se popularizar pelo mundo, se colocam a frente como os meios de comunicação mais usados pela população, sobretudo àquelas que moram no interior.
Por causa das novas tecnologias, a televisão precisou se reinventar. E, para isso, as emissoras de televisão buscam apresentar ao telespectador, anualmente, movidas em sua programação. No Brasil, por exemplo, a maior emissora do país e a segunda maior do mundo, a Rede Globo, oferece uma gama de produções esportivas, novelistas, jornalísticas, enfim. No entanto, a emissora “platinada”, como é conhecida, vem sofrendo com a concorrência, principalmente com a Rede Record e o Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT, que são as emissoras que mais ameaçam o reinado da TV Globo no âmbito das emissoras nacionais.
Por falar no SBT, a emissora criada por Sílvio Santos se diferencia das demais por dar bastante espaço aos programas de auditório, que a cada dia mais estão sendo deixados de lado. Um desses programas é o Casos de Família, que já está há mais de dez anos na grade da emissora. No nosso artigo de hoje, você vai conhecer um pouco mais sobre esse programa, bem como algumas informações interessantes sobre ele. Vamos lá?
O Programa Casos de Família
O Programa Casos de Família é uma atração voltada ao entretenimento que estreou na grade de programação do SBT no dia 18 de maio do ano de 2005, sob o comando da jornalista e apresentadora Regina Volpato. O formato tinha como objetivo levar ao programa pessoas que possuíam problemas em relacionamentos familiares ou amizades, para “desabafar” à apresentadora, onde a mesma recorria a um psicólogo que iria orientar as partes familiares ou amigos a encontrar a melhor saída para evitar as rusgas e discussões.
No ano de 2005, a estreia do programa, a apresentadora Regina Volpato ficou conhecida por sua desenvoltura em frente às câmeras, mantendo o ar sereno e calmo até mesmo em situações embaraçosas. Por conta de seu estilo de apresentar, Volpato é, até hoje, muito querida por seu público. Vários são os elogios direcionados à ela por conta de sua tranquilidade e confiança ao comandar um programa do porte do Casos de Família.
Ainda em 2004, o SBT adquiriu o formato do programa junto a Venevisión, interessado nos rumos que o programa poderia tomar, além da possibilidade de reformulação quando a fórmula inicial se esgotasse.
E assim, Volpato ficou à frente do programa de 2005 até o dia 4 de fevereiro de 2009, quando resolveu não renovar o seu contrato com o SBT, alegando motivos pessoais. No entanto, o real motivo para a recusa de renovação de contrato por parte de Regina era que o programa iria passar por uma profunda reformulação, onde o formato “quem tem razão?”, de uma emissora venezuelana, seria implantado na atração, desagradando a apresentadora. O formato que foi implantado e permanece até hoje consiste na discussão do tema por parte dos convidados, e não só mediado pelo apresentador, o que resulta, muitas vezes, em brigas e bate bocas que, esporadicamente, acabam e tons mais elevados. Muitos telespectadores reclamaram de tal mudança, acusando o programa de se tornar mais popularesco, apelando para brigas em rede nacional para angariar audiência.
Como Regina Volpato não renovou seu contrato com a emissora de Sílvio Santos, o SBT providenciou testes para encontrar uma substituta para a antiga apresentadora. Nomes como Claudete Troiano, Olga Bongiovanni e até mesmo Márcia Goldschmidt, que já apresentou um programa de enorme sucesso no fim dos anos 1990 no próprio SBT, e que foi percursor do formato do “Casos de Família”, foram cogitados para ocupar o cargo de apresentadora do programa. O nome escolhido foi o de Christina Rocha, que aceitou a missão de comandar o programa em seu novo formato, permanecendo a frente do programa até os dias de hoje.
No programa, são tratados diversos assuntos, desde brigas familiares e entre amigos, a até mesmo conflitos envolvendo a orientação sexual de um dos envolvidos na briga. Enquanto se desenrola o programa, com ataques e xingamentos de ambos os lados, e, até mesmo, da própria apresentadora, o psicólogo presente começa a traçar meios para conciliar as duas partes em desacordo.
Controvérsias no Programa
Como todo produto de televisão que estoura em audiência, muito começou a se falar sobre controvérsias que estariam relacionadas com o programa. Foi notado que muitas pessoas que participavam do programa também faziam aparições em outros programas popularescos, como o “João Kléber Show”, antigamente, o “Eu vi na TV”, programas da Rede TV, e até mesmo em programas da própria casa, como no Programa do Ratinho.
Começou-se a especular, então, que todos os casos que chegavam até o programa eram armados, sendo todos aqueles que fossem ao palco do programa “expor” algum problema, pagos para isso.
Uma internauta, em sua conta no facebook, publicou, em 2012, o que parecia ser ela e seus amigos gastando o dinheiro que diziam ter ganhado após participar do Casos de Família. A partir dessa publicação, muitos questionaram o SBT querendo saber se todas as histórias que passaram pelo crivo da produção do programa era, de fato, verdade. Mais tarde, para por fim à polêmica, o SBT revelou que pagava, sim, um cachê aos que iriam ao programa relatar os seus problemas, mas negou que tais histórias fossem mentira.
Em uma das edições do programa, a apresentadora Christina Rocha exigiu que um participante fosse retirado do palco da atração por não concordar com algumas posições que o participante tinha em relação ao tema tratado no programa naquele dia. Ações como essa se tornaram recorrentes depois da adoção do novo formato no programa que culminou na saída de Regina Volpato, onde muitas pessoas acabavam se exaltando nas discussões promovidas no programa.