Immanuel Kant, considerado o maior dos filósofos modernos, deu uma nova direção á filosofia ao mostrar os limites do conhecimento e ao reconciliar sentimento com razão. O reconhecimento desses limites deu origem a novas possibilidades. Nas palavras de Lyotard “O nome Kant é um epílogo para a modernidade, e um prólogo ao pós-modernismo”. O aspecto fascinante das idéias de Kant é que até hoje elas abrem novos pontos de vista em campos que vão da filosofia à psicologia e neurociência. Entre os influenciados por suas idéias estão Hegel, Schopenhauer, Piaget, Freud, Heidegger, Foucault e Lyotard.
Origens e vida
Immanuel Kant nasceu em 1724 em Konigsberf, na então Prússia Oriental. Era o quarto de 11 filhos de ascendência escocesa. Perdeu os pais ainda jovem (a mãe aos 13 e o pai aos 22) e teve seus estudos subsidiados por eclesiásticos no Collegium Fridericianum, aos oito anos, aonde estudo também por oito anos.
Era bastante baixo e tinha problemas de coluna e outras enfermidades. Vivia sob um regime rígido para sobreviver à suas limitações. Praticava caminhadas regulares e era tão pontual que alguns ajustavam seus horários através de sua rotina. Quase casou-se por duas vezes mas nunca chegou a fazê-lo de fato.
Filosofia
Filosofia segundo Kant, é o produto do uso da razão humana, que faz investigações “a priori”, ou independentemente de experiência. A razão também tem uma aplicação teórica e outra prática. A razão é teórica quando se preocupa com como as coisas realmente são e prática quando se preocupa com como as coisas deveriam ser. A partir disso divide em dois ramos a filosofia: Metafísica, investigação “a priori” da natureza da realidade, e Ética, que busca busca regras a respeito do modo como seres com livre arbítrio decidem o que fazer.
A metafísica e ética tradicionais dividiam os objetos entre um mundo inteligível e outro sensitivo e a metafísica concentrava-se naquilo além dos sentidos enquanto a ética se baseia no campo apenas sensitivo dos objetos, particularmente nas causalidades de prazer e dor. Kant acreditava que a metafísica deveria tratar apenas do campo sensitivo e a Ética com o demais.
Ele acreditava ter levado a filosofia a um novo método, chamado Crítica. A crítica revela as limitações inerentes da razão seu uso teórico e que dita a si própria a lei moral. Seu trabalho vai muito além disso, descrito em inúmeras obras.
Obras
• Crítica da Razão Pura;
• Crítica da Razão Prática;
• Crítica do Julgamento;
• Doutrina do Direito;
• Fundamentação da Metafísica dos Costumes;
• Prolegómenos a Toda a Metafísica Futura;
• Crítica da Faculdade do Juízo;
• Dissertação sobre a forma e os princípios do mundo sensível e inteligível (1770);
• Prolegômenos para toda metafísica futura que se apresente como ciência (1783);
• Fundamentos da metafísica da moral (1785);
• Primeiros princípios metafísicos da ciência natural (1786);
• A Religião dentro dos limites da mera razão (1793);
• A Metafísica da Moral (1797);
• Antropologia do ponto de vista pragmático (1798).