Vida
René Descartes foi um filósofo, físico e matemático que viveu entre 1.596 e 1.650 na França. Nasceu em La Haye en Touraine (atual Descartes, em sua homenagem) em 31 de março. Apesar da origem francesa viveu a maior parte da vida nos países baixos.
Estudou matemática e astronomia em 1620, após Galileu já ter desenvolvido o telescópio, escrito seu livro criticando Aristóteles e promover a experimentação e formulação matemática de idéias científicas, o que seria visto no que foi desenvolvido por Descartes.
Faleceu aos 54 anos de pneumonia em 1656, na Suécia, lecionando para a rainha Cristina. Seus restos mortais foram levados para a abadia de Saint-Germain-des-Prés em Paris. Seu tratado filosófico e matemático “O discurso sobre o método” tornou-se um dos livros mais importantes para a ciência.
Contribuição
Descartes tinha paixão pelo conhecimento e desenvolveu a geometria analítica: um sistema de coordenadas que permitia que formas geométricas fossem expressas em equações algébricas. Contribuiu imensamente com a matemática e também com a física e ótica.
Criou uma filosofia que usava a dúvida como ferramenta, sendo esta necessária para o avanço das idéias e do pensamento. Criou um sistema filosófico para as ciências naturais sendo considerado o “pai da filosofia moderna”. Embora tentasse oferecer ao mundo uma filosofia compatível tanto com o novo mundo científico quanto com a fé cristã, sua filosofia ofendeu a Igreja Católica Romana. Em 1.663 seus trabalhos constariam entre as obras proibidas pela igreja.
Filosofia
Recusava o empirismo acusando as falhas de basear-se nos sentidos para análises, usando um argumento conhecido como “O argumento da cera” em que alega que o mesmo pedaço de cera analisado por seus sentidos, seria analisado de forma totalmente diferente caso exposto ao fogo e derretido, sendo assim o correto julgar com a mente.
Descartes iniciou sua filosofia rejeitando quaisquer idéias que não pudessem ser sujeitas à dúvida. Era a favor da argumentação filosófica disciplinada integrada com as ciências. Partia da única coisa que ele poderia dizer estar além da dúvida, a observação da própria existência, com a sua célebre frase “Penso, logo existo”.
Também desenvolveu um estudo sobre o ser humano que o divida em mente e corpo como partes separadas, criando uma dicotomia. A mente era também a alma, parte intengível, ligada ao corpo através da glândula pineal.
Método cartesiano
Foi criador do Método Cartesiano, ou Ceticismo Metodológico: duvida-se de cada idéia que não seja clara e distinta. Os quatro métodos básicos usados nesse método são:
-Verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa estudada;
-Analisar, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades mais simples e estudar essas coisas mais simples;
-Sintetizar, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro;
-Enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento.