A atriz Cristina Aché é uma das atrizes de maior destaque do cinema nacional da década de 1970. Nascida no Rio de Janeiro no dia 11 de julho de 1957 a atriz logo se tornou musa com seu rosto de feições marcantes e seu grande talento. Uma atriz completa que tem grandes trabalhos em seu currículo.
Musa
A atriz foi casada com o cineasta Joaquim Pedro de Andrade de quem foi musa – e com quem tem dois filhos – estando em três dos melhores filmes dele: “Guerra conjugal”; “Contos eróticos – episódio Vereda tropical”; e “O homem do pau Brasil”. A carreira de Cristina ganhou grande impulso na década de 1970.
O Começo
A carreira de Cristina Aché começou quando ela ainda era adolescente no filme “Os Primeiros Momentos” de Pedro Camargo no ano de 1973. O nome de Cristina não é muito popular no Brasil pelo fato dela ser uma atriz mais de cinema do que de novela. A estreia em novelas se deu em 1976, no entanto, fez bem poucos papéis nesse tipo de obra.
Nessa fase de começo de carreira Cristina encontra um dos seus grandes parceiros no cinema, o marido e cineasta Joaquim Pedro de Andrade. O talento de Cristina foi escalado nos três últimos filmes de ficção da carreira do cineasta. Nas décadas de 1970 e 1980 ela participou de importantes produções do cinema como “Amor Bandido” e “Os Sete Gatinhos”.
Década de 1990
Nos anos de 1990 a atriz reduziu o seu trabalho no cinema tendo poucos trabalhos marcantes dentre os quais podemos citar “O Judeu” cujas filmagens começaram no ano de 1988, mas que teve o seu lançamento realizado somente no ano de 1996. Também participou de “Doces poderes” e “Minha vida em suas mãos”. No começo do novo século a atriz continuou com a sua carreira no cinema com os longas “Quase dois Irmãos” de 2004 e “Encarnação do Demônio” de 2008.
Prêmios
Durante a sua carreira profícua de atriz Cristina recebeu diversos prêmios de festivais de teatro e cinema. Por seu trabalho no cinema foi agraciada com o Candango de Brasília e o Quiquito de Gramado. Pelo seu trabalho no teatro recebeu o Mambembe de melhor espetáculo com Deus.
Os Melhores Filmes de Cristina Aché
Quase Dois Irmãos – 2004
O filme tem como história central o contraponto entre Miguel e Jorge que são amigos de infância. O primeiro é filho de um jornalista que ama samba e é branco enquanto o segundo é filho de um compositor de samba do morro. Os dois se reencontram adultos na década de 1970 quando Miguel se torna preso político e é enviado para o presídio de Ilha Grande onde Jorge já cumpre pena por ter assaltado um banco.
Guerra Conjugal – 1973
O filme narra diferentes histórias de pessoas que mesmo morando juntas de odeiam, uma boa reflexão para os casais que mantém o casamento mesmo depois que percebem que ele terminou.
O Homem do Pau Brasil – 1982
Um filme de comédia fantástica que tem como tema principal a vida de Oswald de Andrade que é um dos escritores de maior destaque da história do país.
Amor Bandido – 1982
O filme se passa no fim da década de 1970 e a trama gira em torno de Sandra (Cristina Aché) que é uma garota de programa e stripper que não tem uma boa relação com o pai Galvão (Paulo Gracindo) que é delegado. O pai que expulsou Sandra de casa quando ela ainda era adolescente pelo fato dela se envolver com muitos homens se vê tentando se reaproximar dela quando descobre o seu amor bandido por Toninho (Paulo Guarnieri).
Toninho além de ladrão de carros também é um serial killer que mata motoristas de táxi. Galvão é o detetive encarregado de capturar o bandido que pode acabar fazendo mal para Sandra devido a sua índole violenta.
Os Sete Gatinhos – 1980
O filme tem como base o livro de mesmo nome e gira em torno da família Noronha. O casal Aracy e Noronha tem cinco filhas sendo que a mais nova, Silene, tem uma educação diferenciada num colégio interno pelo fato de ser a única das filhas “pura”. A garota que é mimada e cujos estudos são garantidos pela prostituição das outras quatro irmãs mostra que não é tão pura quanto parece quando os seus pais são chamados na escola para serem informados que a jovem de 16 anos matou a pauladas uma gata grávida. A família Noronha tem muitos segredos que aos poucos vão sendo revelados.
Shibori
A atriz Cristina Aché além da dedicação a arte da interpretação se rendeu ao gosto de trabalhar com sedas e cores desenvolvendo importantes projetos como artista plástica. Essa paixão começou no período em que Cristina trabalhou nos galpões do Théâtre du Soleil que é uma companhia de teatro francesa entre os anos de 2006 e 2009.
Nessa fase Cristina teve a oportunidade de participar e projetos como os painéis cenográficos pintados por Ysabel Maisoneuve. Houve ainda colaboração num figurino assinado por Christian Lacroix. Em 2010 Cristina retornou ao Brasil com o desejo de lançar uma coleção de lenços estampados com a técnica japonesa do shibori.
Trata-se de uma arte milenar de estamparia em que os desenhos são criados a partir da cobertura das áreas que não se deseja colorir. O efeito desse tipo de marcação no tecido fica tridimensional. Dentre as principais inspirações da artista estavam a sua viagem ao Oriente em turnê com o Théâtre du Soleil.
Os Tecidos de Cristina Aché
No seu trabalho com tecidos Cristina oferece uma grande gama de possibilidades como tecidos para lenços, painéis de cenografia, figurinos, tecidos para vestuário entre outros. Ela desenvolve padrões exclusivos para quem deseja ter uma decoração mais criativa. As peças da artista plástica podem ser vistas em seu ateliê no Rio de Janeiro ou então na loja Dona Coisa bem como no ateliê da estilista Any Carro.
Quem deseja conhecer melhor o trabalho de estamparia por shibori de Cristina Aché pode acessar a sua página em http://www.shibori.com.br/. Tem fotos dos trabalhos de estamparia de Cristina Aché que tem se dedicado a essa atividade.
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Biografia
Cristina Aché é uma atriz brasileira conhecida principalmente pelos seus papéis no cinema. Atualmente Cristina tem dois filhos, frutos de seu casamento com o diretor Joaquim Pedro de Andrade. Seu primeiro filme foi em 1973 e chamava “Primeiros Momentos”. E sua primeira novela foi em 1976, em “Vejo a Lua no Céu”, da Rede Globo, onde ela interpretou a personagem Catarina.
Outros filmes da carreira de Cristina Aché incluem: “O Filho do Chefão” de 1973, “Nem os Bruxos Escapam” de 1974, “Deliciosas Traições do Amor” e “Guerra Conjugal” de 1975, “Padre Cícero” de 1976, “Contos Eróticos” de 1977, entre outros trabalhos.
Na televisão, Cristina Aché atuou nas novelas: “Plumas e Paetês” da Rede Globo em 1980, interpretando a personagem Júlia; “O Amor é Nosso” de 1981 na mesma emissora, interpretando Teresa; E “Pacto de Sangue” de 1989 interpretando Isabel. Em 1978 ele fez uma participação na série “Ciranda Cirandinha”.