Origens
Lord George Gordon Byron (1788-1824) foi famoso durante sua vida tanto por sua personalidade “cult” quanto por sua poesia. Ele criou o conceito do herói “byrônico”: um jovem desafiador e melancólico, que sofre com um misterioso e imperdoável evento do passado. Sua influência na poesia, música, romances, óperas e pinturas na Europa foi imensa, embora fosse amplamente condenado no campo da moral, por seus contemporâneos.
George Gordon, Lorde Byron, era filho do Capitão John Byron com Catherine Gordon. Nasceu com uma deformidade no pé e tronou-se extremamente sensível quanto a sua deficiência. Passou sua infância em regiões pobres em Aberdeen, aonde seguiu seus estudos até os dez anos de idade.
Depois herdou o título e propriedade de seu tio-avô em 1798, quando foi para Dulwich, Harrow e Cambridge, aonde acumulou dívidas e causou alarde com seus casos amorosos bissexuais. Permaneceu em Newstead em 1802, aonde conheceu sua meia-irmã Augusta Leigh, com a qual se suspeita que tenha tido um relacionamento incestuoso.
Obras e Sucesso
Em 1807 Byron lançou sua primeira coletânea de poesia, “Hours of Idleness”, que recebeu más críticas. O poeta respondeu ás críticas com a sátira “English Bards and Scotch Reviewers” (Bardos ingleses e críticos escoceses) em 1808. No próximo amo assumiu uma posição na Casa dos Lordes epartiu em uma grande viagem, passando por Espanha, Malta, Albânia, Grécia e o Egeu.
Seu sucesso poético só veio de fato em 1812, quando publicou os dois primeiros cantos de “Childe Harold’s Pilgrimage” (1812-1818). Tornou-se um personagem amado da sociedade londrina: falava na Casa dos Lordes sobre temas liberais e teve um caso com Lady Caroline Lamb. Sua publicação “The Corsair” (O Corsário, 1814) vendeu dez mil cópias no primeiro dia. Casou-se com Isabella Milbanke em 1815 e a filha do casal, Ada, nasceu no mesmo ano. O casamento no entanto foi infeliz e se separaram no ano seguinte.
Controvérsias e Viagens
Quando os rumores de sua vida incestuosa e suas dívidas começaram a crescer, Byron deixou a Inglaterra para nunca mais voltar, em 1816. Fixou residência em Gênova com Percy Bysse Shelley, Mary Wollstonecraft Shelley e Claire Clairmont, que se tornaria sua senhora. Lá escreveu os dois cantos de “Childe Harold” e “The Prisoner of Chillon”.
Ao fim do verão, Byron continuou suas viagens, passando dois anos na Itália. Durante sua estada nesse país, Byron escreveu “Lament of Tasso”, inpirado por sua visita à cela de Tasso em Roma, além de “Mazeppa” e “Don Juan”, sua obra prima da sátira. Enquanto em Ravena e Pisa interessou-se profundamente em dramas, e escreveu entre outros “The two Foscari”, “Sardanapalaus”, “Cain” e o não terminado “Heaven and Earth”.
Depois de um longo período criativo, Byron chegou à conclusão que a ação era mais importando que a poesia. Armou um navio e partiu para auxiliar os gregos, que se rebelaram contra seus senhores otomanos. Porém, antes de participar de qualquer ação militar, contraiu uma febre e faleceu em Missolonghi em 19 de abril de 1824. Houve ritos em sua memória em muitos lugaresm porém seu corpo foi recusado em Westminster e St. Paul, sendo enfim sepultado em uma propriedade da família, em Nottinghamshire.