Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851) foi uma autora inglesa que escreveu a história de horror gótico “Frankenstein” em 1818.
Frankenstein
Frankenstein começou como uma história de fantasmas, inspirada em uma conversa que ela ouviu entre seu marido Percy Bysshe Shelly e Lorde George Gordon Byron falando sobre galvanismo, e logo se tornou um dos primeiros livros “Best seller” escrito por uma mulher. Sir Walter Scott a primeiro pensou que o livro tinha sido escrito por Percy, o que gerou uma certa confusão nas críticas, mas até hoje é lido com freqüência e inspirou várias adaptações para o teatro e cinema.
O movimento gótico evoluiu do romantismo, descendo mais profundamente em questões filosóficas como a busca do homem pela perfeição, e através de um personagem a princípio tão perturbador como a criatura Frankenstein, forjada pela ciência nós vemos vários dos conflitos morais da humanidade. Shelley, que adorou grande parte das idéias filosóficas de seu pai William Godwin, concluiu que a obsessão do homem pela perfeição pode levar a ruína.
Origens e História
Mary Wollstone GOdwin nasceu em 30 de agosto de 1797 em Londres, Inglaterra. Segunda filha de Mary Wollstonecraft, feminista e autora de “A Vindication of the Rights of Women (1792)” e Willian Godwin, pai da anarquia filosófica e autor de An Inquiry Concerning Political Justice (1793). A mãe de Mary faleceu pouco depois de seu nascimento.
Embora tivesse conflitos com seu pai e sua madastra com a qual ele se casaria, Mary foi educada em casa por tutores aonde estudou os livros de seus pais, além de literatura e poesia, francês, latim e italiano. Ela também leiu as obras de diversas figuria literárias com as quais seus pais se associaram, como William Blake, Samuel Taylor Coleridge e Charles Lamb.
Mary encontrou seu futuro marido Percy Bysshe Shelley em torno de dezesseis anos, quando ele aproximou-se de seu pai por apreciar sua filosofia ateísta que ele logo adotou. Percy passava longo tempo na casa dos Godwin e a despeito da proibição de Mary vê-lo, eles fugiram para a França em 1814 juntamente a sua meia-irmã Claire em uma jornada pela Europa que durou seis semanas e foi posteriormente escrita em um livro. Porém a filosofia de amor livre de seu pai não se aplicava a ela e ela foi deserdada até casar-se o que ocorreu em 1816.
Obras
Mary escreveu ainda várias outras obras incluindo os romances Valperga(1823), The Last Man(1826), Perkin Warbeck (1830), Ledore (1835), Falkner (1837) e Rambles in Germany and Italy (1844).
Viveu junto ao marido uma vida intelectual, produtiva e controversa, associando-se a outra figuras pouco ortodoxas de sua época, como Lorde Byron, o qual teve um caso com sua meio-irmã Claire. Mary Shelley morreu em casa em Londres com a idade de cinqüenta e quatro anos em 1 de Fevereiro de 1851. Ela jaz sepultada na igreja de São Pedro em Bounemouth, Dorset, Inglaterra.