Armando Nogueira

Devido a uma forte seca que assolou o Ceará na década de 20, os pais vieram para o norte do Brasil, mais precisamente em Xapuri, no estado do Acre. Foi lá que o filho mais novo do casal nasceu e logo, também partiu para a então capital do Brasil, o Rio de Janeiro com apenas 17 anos de idade.
Com um gosto bem evidente pelas letras, queria desde o início ser jornalista, mais precisando se manter financeiramente no mundo novo que acabara de desembarcar, conseguiu um emprego como ensacador e entrou para a faculdade de direito.

Armando Nogueira

O Início

Chegado ao Rio em 1944, seis anos depois Armando Nogueira conseguiria entrar para o local que viria a ser a sua maior fase de aprendizado na profissão: o ingresso na sessão de esportes do Jornal Diário Carioca, onde veio a conhecer alguns dos mais ilustres jornalistas da época, são nomes como Rubem Braga, Fernando Sabino e Otto Lara Resende.
Neste jornal, além de ter fortalecido sua vida profissional com o aprendizado de treze anos passados no Diário Carioca, Armando Nogueira reforçaria o que muitas vezes aconteceu na sua vida: ser predestinado. Foi assim quando testemunhou o crime da Rua Toneleros, que foi o estopim final da crise política que decorreu na morte do presidente Getúlio Vargas em 1954. Pela primeira vez na história e pelas mãos de Armando Nogueira, um caso policial era narrado para o público em primeira pessoa.

Apaixonado por Esporte

O jornalista notadamente era um talento mas sempre se desenvolveu melhor e estava a vontade quando o assunto era o jornalismo esportivo. Foi pela primeira na cobertura do Mundial de 1954 na Suíça e participou de outras 13 edições da Copa do Mundo.
Além das treze Copas do Mundo cobertas, Armando participou da cobertura de oito olimpíadas ininterruptas, desde a primeira em Moscou no ano de 1980 até a última em 2004 em Atenas na Grécia, ficando de fora da olímpíada de 2008 em Pequim já pelo problemas de saúde que o vitimaram.

Esporte

Carreira de Peso

Em 1957, Armando foi trabalhar na Revista Manchete durante um curto período e logo depois esteve na foto reportagem da Revista Cruzeiro, de propriedade de Assis Chateaubriand, dono da Rede Tupi e dos Diários Associados.
Lá esteve por dois anos, quando em 1959 chegou ao Jornal do Brasil. Sempre nos esportes, Armando assinou a coluna “Na Grande Área” por 12 anos, de 1961 a 1973.

Na Televisão

O primeiro contato com a televisão foi em 1966, quando redigia matérias para Cid Moreira narrar no Jornal da Tv Rio. Com a incorporação do canal carioca pela Rede Globo, veio o convite de Walter Clark para que fosse o diretor da Central Globo de Jornalismo, cargo que ocupou de 1966 a 1990 e nele foi responsável por marcos do telejornalismo brasileiro, como o Jornal Nacional e a ligação em rede nacional do jornalismo.
Esteve ainda entre 1992 e 1993 na Rede Cultura e de 1994 até 2007 no Sportv. Armando faleceu em 29 de março em decorrência de um câncer cerebral.

Programa

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