Leoni
Sobrenome artístico de Anilza Pinho de Carvalho só revelou ainda mais todo o sucesso da mulher que além de atriz, também mereceu destaque na carreira de cantora, bailarina e pintora brasileira. Natural do estado de Santa Catarina, Anilza ainda adolescente mudou-se com a mãe e os irmãos para o Rio de Janeiro após a morte de seu pai, lá estudou no Colégio Ruy Barbosa como aluna interna, contudo aos 18 anos é convidada a trabalhar em um espetáculo de variedades, iniciando assim sua vida no mundo das artes. Assim nos anos 50 torna-se umas das principais vedetes dos espetáculos produzidos por Carlos Machado e Walter Pinto, o que abriu as portas posteriormente para o ingresso na TV Tupi anos 60, em novelas de grande sucesso como Gabriela, cravo e canela de Jorge Amado. Todos os outros futuros trabalhos tanto a televisão, teatro e até cinema enriqueceram ainda mais a qualidade e profissionalismo da atriz, que deixou saudades com sua morte no ano de 2009.
Três Vezes: A Mais Bonita
Enquanto brilhava nas apresentações de vedete e encenações por todo o país, Anilza Leoni foi eleita durante três vezes certinha do Lalau- o que representava a mesma estar na lista das mulheres mais bonitas e celebradas do ano pelo jornalista Sérgio Porto, fato esse que contribuiu ainda mais para o deslanche de sua carreira na televisão e cinema, como nas apresentações em novelas muito famosas como Barriga de Aluguel e A gata comeu. Sua beleza não estava somente na parte exterior, segundo seus fãs, amigos e família, a atriz possui qualidade de sobra quando o assunto era ajudar e se doar para fazer o público rir, especialmente em participações de cunho humorístico, na qual acreditava ser um dos alvos de alegria e transmissão de divertimento para a família brasileira.
Morte Repentina
Aos 75 anos de idade, a atriz ainda esbanjava alegria, saúde e condições físicas de continuar no teatro e em pequenas participações na TV. Contudo o cenário mudou quando no ano de 2009 Anilza se preparava para a estréia da peça Mário Quintana- O Poeta das coisas simples, e sofreu fortes dores no peito, sofrendo assim uma parada cardiorrespiratória. Realmente a efisema pulmonar que a acompanhava a alguns anos, dessa vez levou a atriz para o plano dos mortos.
Sua lembrança permanece ainda nos teatros e apresentações no Rio de Janeiro, que já realizaram muitas homenagens a Anilza, uma mulher de fibra, extrovertida e que morreu da melhor forma possível, ensaiando para a estréia de uma peça. Anilza enfrentou fortes preconceitos durante sua carreira, principalmente pela família que não a aceitava em ver como dançarina, vedete, em trajes curtos e despojando sensualidade e beleza ao mesmo tempo. Mas todas suas reações a persistir na profissão a tornou eterna no coração do teatro e mundo artístico brasileiro.
Por: Patrícia Contiero