Eva Todor: Conheça A Vida Dessa Grande Atriz

Quando vemos uma novela na televisão, mau sabemos toda a trajetória de nossos artistas favoritos. Muitos deles nem nasceram aqui no Brasil, como é o caso das estrelas mais velhas e com mais estrada dentro da teledramaturgia brasileira. Muitos deles seguem a carreira no cinema nacional, mas não abandonam o prazer de atuar em uma novela, seja ela qual for. Esse é o caso da grande atriz Eva Todor.

O Nascimento na Hungria

Muitos não sabiam, mas Eva nasceu na Hungria, em Budapeste, e faz parte de uma família de judeus de mesma origem. No dia 9 de novembro de 1919, a atriz vinha ao mundo com espírito grande para as artes. Ainda criança, a atriz de 92 anos começou nos palcos como bailarina e já sabia que este seria o seu caminho.

Depois que a primeira guerra mundial tomou conta da Europa  o continente se encontrou em uma grave crise econômica  Muitos europeus emigraram para diversas partes do mundo e muito vieram para o Brasil. Foi o que aconteceu com a família de Eva. Em 1929, os “Fodor”, como era o nome real da família, chegaram ao Rio de Janeiro, mas a atriz não abandonou a carreira de dançarina, mesmo tendo apenas 9 anos de idade.

Já com 10 anos, Eva começou a estudar  dança clássica com a bailarina profissional Maria Olenewa, em pleno Teatro Municipal. Nesta mesma época, Eva trocou o seu sobrenome para “Todor”, já que o original não era bem visto em nossas terras por se tratar de um palavrão. 

A Veia Cômica

Seus primeiros passos como atriz se deram quando Eva fez um teste para o Teatro Recreio. A menina tinha apenas 12 anos. Em 1934, estreou como atriz no espetáculo “Quanto Vale uma Mulher” de Luiz Iglesias. Depois de cinco anos convivendo com o diretor da peça, Eva se casa com ele. Após algum tempo, a triz descobre a sua veia cômica e passa a interpretar papeis mais engraçados e não tão sérios. Quem criava todas as personagens cômicas de Eva era o seu marido, que também percebeu a aptidão da esposa por interpretar moças ingênuas.

“Eva e seus Artistas”

No ano de 1940, já com todo o seu talento pelo teatro enraizado, Eva cria a companhia “Eva e seus artistas”. A companhia, contudo, durou apenas até o final do ano de 1950 e por ela passaram diversos artistas importantes para o cenário artístico brasileiro. Foram eles: Jardel Jércoles, André Villon, Elza Gomes, Henriette Morineau. 

Abandonando o Estilo Cômico

Ainda que as peças engraçadas fossem o xodó de Eva Todor, ela viriam a abandonar o estilo no ano de 1966 para interpretar uma personagem dentro de um drama chamado “Senhora da Boca do Lixo”. Com isso, Eva abre um leque de outras personagens que nada tinham a ver com piadas. Graças aos seus papéis mais sérios, principalmente em peças como peças como “De Olho na Amélia”, Eva ganhou o Prêmio Molière de melhor atriz no ano de 1969.

Dos Palcos à Teledramaturgia

Eva passou dos palcos ao cinema , interpretando alguns filmes que ficaram famosos naquela época. Mas foi na televisão que ela descobriu uma nova paixão. A atriz fez nada mais nada menos do que 21 telenovelas, minisséries e especiais. Foi em 1977  que Eva fez o seu papel mais marcante na televisão com a personagem Kiki Blanche, atuando na novela “Locomotivas”.

Nas telas dos cinemas, a atriz estreou o filme “Os Dois Ladrões” já em 1960. Naquela época, o filme foi um grande sucesso no universo das famosas chanchadas. Eva protagonizou umas passagens mais importantes do cinema nacional, atuando ao lado do ator Oscarito. Quem não se lembra da famosa “cena do espelho”?

40 anos Depois

Eva voltou aos cinemas 40 anos depois de seu último filme. A volta foi feita no curta-metragem delicado e intitulado “Achados e Perdidos”. O papel de uma mulher que recebia as cartas do seu amor apenas 50 anos após serem escritas cativou o público brasileiro e fez Eva ser uma das queridinhas do Brasil ao lado de muitas outras atrizes. Ela também atuou ao lado de Xuxa no filme “Xuxa Abracadabra”. Para encerrar a carreira de atriz de cinema, o último longa da ex-bailarina foi “Meu Nome Não é Johnny”. Ao lado de Selton Melo e Cléo Pires, Eva interpretou uma senhora que fornecia “ambrosia” em troca de dinheiro, se tornando uma vóvózinha do tráfico. Foi a volta do seu adorado estilo cômico de viver. 

Livro de Memórias

“O Teatro da Minha Vida” foi o livro de memórias lançado por Eva Tudor e escrito por Maria Ângela de Jesus. A obra foi lançado em 2007 e Eva estava completando 87 anos.

Problemas de Saúde

Durante as gravações de sua última novela, “Caminho das Índias”, Eva passou por uma cirurgia para curar uma doença de estômago conhecida como hérnia de hiato, cujo problema surgiu ainda em sua infância. A atriz ficou muito triste pois não pode aparecer nos últimos capítulos da trama de Glória Perez. Nela, Eva interpretou a carismática Dona Cidinha.

Trabalhos Feitos na TV:

Filmes:

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Categoria(s) do artigo:
Atrizes

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