Maitê Proença é uma atriz que nasceu em 1958 na cidade de São Paulo. É filha de Margot Proença e Eduardo Gallo. Passou a infância na pequena cidade de Ubatuba, onde sua família residia. Só é natural da capital São Paulo porque Ubatuba não tinha hospital na época. Seu pai era promotor de justiça e sua mãe foi quem a incentivou a seguir carreira como artista. Margot era professora de filosofia e também de música. Por isso sempre procurou passar uma formação artística e cultural para a jovem Maitê. Para aumentar a ainda mais o gosto pela arte na família, a mãe da Maitê ainda se tornou secretária de cultura da cidade de Campinas, no interior do estado.
Maitê estudou em uma escola americana caríssima, destinada a filhos de missionários estrangeiros instalados no Brasil. Embora seus pais tivessem condições financeiras razoáveis, não era o suficiente para arcar com estudos tão elitizados. Maitê, no entando, conseguiu uma bolsa. A atriz afirma que a escola foi de suma importância para sua carreira, devido às formações humanística e cultural proporcionadas. Um dos maiores traumas da vida da atrizes foi a morte da mãe, que aconteceu quando Maitê tinha apenas 12 anos de idade. O acontecimento fez com que seu pai também se distanciasse, indo morar em outra cidade. Deixou Maitê e seus dois irmãos vivendo em um pensionato religioso.
Em 1974, devido a todos esses acontecimentos, Maitê decide que precisa sair de casa, ou melhor, do pensionato onde vivia, e viaja pelo Brasil e América do Sul. Com apenas 14 anos de idade namora um homem de 18, o que irrita seu pai, que por sua vez a manda à Paris. Na cidade-luz, a brasileira afirma que namorou mais ainda e teve a possibilidade de “abrir a cabeça”. Alguns anos depois, quando precisava decidir por uma profissão, Maitê presta vários vestibulares mas desiste e sai viajar novamente. Passa anos na Europa, onde faz bicos como entregadora de jornal e faxineira para se sustentar.
Em 1979 o jornalista Mario Prata a convida para um teste na extinta TV Tupi. Maitê Proença passa e é contratada para o que seria uma ponta de uma semana na produção “Dinheiro Vivo”. Devido a seu recém-descoberto talento como atriz, acaba participando de toda a novela. Sua consagração acontece alguns anos depois, em 1986, ao interpretar o papel de Dona Beija na novela de mesmo nome. Outros trabalhos notáveis da atriz são Clotilde, em “O Salvador da Pátria” (1989) e Helena, em “Felicidade” (1991). Já recebeu prêmios como o troféu APCA de revelação feminina em 1982, troféu Candango de melhor atriz no Festival de Brasília de 1995 e o troféu de melhor atriz coadjuvante no festival de cinema brasileiro de Miami, em 1999.