A indústria fonográfica brasileira é uma das mais ricas e diversificadas de todo o planeta, isso porque a cultura nacional é bastante complexa. Por complexa, entende-se gigantesca demais para se determinar qual é aquela puramente brasileira. Além da cultura gastronômica e costumes, a música está sempre presente em todos esses tópicos.
Os ritmos que são tradição no Brasil são inúmeros, como MPB, sertanejo, samba e pagode, mas são o sertanejo universitário e o funk os que, de longe, conseguem imprimir a marca do país em outras nações. Muitas pessoas, inclusive, tecem críticas a esses dois gêneros musicais, dizendo que eles não representam o Brasil em toda a sua essência.
O funk é o que mais sofre críticas, por conta de vários motivos, sobretudo, o preconceito que envolve o ritmo, justamente pelo seu surgimento em locais periféricos e pobres das cidades com o Rio de Janeiro. No entanto, nos últimos anos, o ritmo contagiante passou a fazer parte não somente da vida das pessoas que moram nesses locais, como também em festas e eventos da alta sociedade.
Dando um enfoque maior ao sertanejo, o universitário é o ritmo que vem dando mais fôlego ao gênero musical, que viveu seu apogeu entre os anos de 1980 e fins da década de 90, com nomes como Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Chororó, Rick & Renner, entre outros, e que, mais da metade da primeira década de 2000, começaram a aparecer os primeiros representantes desse novo estilo sertanejo.
No entanto, o assunto do nosso post de hoje é, justamente, sobre uma dupla sertaneja que não faz parte do sertanejo universitário, mas sim, do sertanejo ao estilo das duplas de 1980 e 1990: Edson e Hudson. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre essa dupla, bem como algumas informações bastante interessantes sobre ela.
A Dupla Edson e Hudson
Os irmãos Huelinton Cadorini Silva (Edson) e Hudson Cadorini Silva, nascidos em 1974 e 1972, respectivamente, são os componentes da dupla Edson e Hudson. Iniciaram a sua carreira artística pelo Brasil no ano de 1980, quando Edson tinha apenas 6 anos e Hudson, 8. Ou seja, começaram cedo na carreira de cantor, o que propiciou um reconhecimento em todo o país, com o decorrer da década de 1980 e da década de 1990.
Cercada por sua família, que é circense, os irmãos tiveram muito apoio desta para seguirem adiante com o plano de se tornarem cantores. O pai deles, conhecido como “Beijinho”, era um palhaço e acrobata, que também deu muita força para que seguissem o desejo de cantar pelo Brasil afora. Em início de carreira, como já dito, muito jovens, utilizavam alcunhas do tipo “Pep e Pupi”, para se apresentar em bares, festas, eventos, quermesses, entre outros locais.
A Chegada do Sucesso
Com o passar dos anos, já quase no fim do milênio, em 1991, a dupla, já adulta e utilizando o nome “Edson e Hudson”, deu o primeiro passo para chegar ao estrelato. Neste ano, a dupla se apresentou no Show de Calouros, que era comandado por Raul Gil, no qual foi a porta de entrada dos músicos para o mundo sertanejo do país. A afinada e poderosa voz de Edson, acompanhada do rock proferido pela guitarra de Hudson, logo chamaram a atenção do público e, também, dos formadores de opinião, que nunca tinham se deparado com um uma junção de rock com sertanejo, criando um novo tipo de ritmo para a época.
O novo estilo que surgiu com eles logo os diferenciou no mercado fonográfico e incentivou outros talentos a seguirem o caminho da dupla. Acreditando ainda mais no sucesso, eles lançaram, em 1995, o seu primeiro disco, que foi uma febre de vendas. Com essa alavancada na carreira, a dupla sertaneja passou a participar de vários programas famosos da época, como Domingão do Faustão, Domingo Legal, Planeta Xuxa, entre muitos outros.
A década de 1990 estava sendo muito boa para eles, mas algo viria para aumentar ainda mais a fama dos cantores. Em 2002, a música “Azul” passou a fazer parte constante dos pedidos das rádios brasileiras, tornando, mais uma vez, a dupla como um dos principais nomes do sertanejo no país, juntamente com outros cantores sertanejos de renome.
Durante a carreira, passaram por diversas gravadoras, tendo acumulado mais de um milhão de vendas de discos, posicionando-os como um dos principais nomes do mercado sertanejo. Sua presença em eventos com este público, como o Rodeio de Barretos, propiciava recordes de público para a dupla, que era sempre batido a cada show realizado.
A Separação da Dupla
Porém, apesar do sucesso todo conquistado pela banda, os anos se passaram e eles, em um comum acordo, perceberam que era a hora de trilhar caminhos diferentes. Sendo assim, no ano de 2009, é anunciado o fim da dupla, para que Edson pudesse tocar um projeto solo no sertanejo e Hudson pudesse seguir seu sonho no rock, tendo lançado um disco solo do gênero quando a dupla fora extinta. Edson também lançou um disco após a separação, mas com enfoque sertanejo.
No entanto, a extinção da dupla durou pouco. Em 2011, para a alegria dos fãs, foi anunciada a volta dos irmãos, num show realizado no Credicard Hall, em São Paulo. Apesar de afastados por quase dois anos, quando anunciada a sua volta, os ingressos para o show se esgotaram pouco mais de uma semana antes da realização dos shows.
Atualmente, continuam como uma dupla, percorrendo o país com shows, participações em eventos, programas de TV, entre outros. No ano de 2015, por exemplo, eles participaram do programa Xuxa Meneghel, comandado pela apresentadora homônima que havia acabado de trocar a Globo pela Record.
Um dos irmãos, Hudson, já teve problemas com drogas, chegando a assumir publicamente seu vício e, também, a tratá-lo. Em 2015, o músico alegou estar livre da dependência das substâncias.
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