É fato que a grande história da humanidade ainda guarda seus segredos. Elá em si já é um grande mistério, mas graças a algumas descobertas, a velha pergunta “De onde viemos?” pode ser respondida, pelo menos pelo lado da ciência. Porém, invenções como a do calendário ainda escondem muitas histórias, se relacionando apenas a algumas teorias. Mesmo assim, ninguém suspeitaria que as datas que contamos estão relacionadas a vida de Cristo. Neste artigo, você vai descobrir tudo sobre a história do calendário cristão e matar de vez a sua curiosidade!
Antes da Invenção
Quando a fé cristã começou a surgir no mundo, existiam diversas formas de contar os dias, os meses e os anos para que toda a população pudesse se localizar de alguma forma. Os navegantes que descobriam novas terras pelo mundo começaram contando as datas através das estrelas. Mais tarde, um outro calendário iria vigorar, inspirado na construção da cidade de Toma, uma das fortalezas mais religiosas que existiam. Porém, todo esse império romano se transformaria em ruínas, já que o cristianismo estava começando a crescer.
Com a expansão da fé cristã, muitos começaram a se converter e a igreja católica se tornou uma grande potência, eliminando a forma como os romanos costumavam se organizar diariamente através de seu próprio calendário. Com os cristão em sua grande maioria, vieram os primeiros boatos de que o calendário, a partir daquele momento seria baseado na fé predominante, ou seja, na cristã.
Dionísio: o Exígo
Com a decadência do Império Romano e a conversão de milhares de romanos em cristãos, aproximadamente no ano de 525 D.C (depois de cristo), os novos dominadores do mundo resolveram eliminar tudo o que um dia teria a ver com o império antigo. Sendo assim, um abade que viviam em Roma conhecido Dionísio, o Exígo, batizado com este apelido por caus ade suas características físicas, empregou o atualmente conhecido como calendário cristão, baseando a contagem dos dias a partir do nascimento de Jesus. Baseando-se no nascimento da grande cidade de Roma, o abade estabeleceu o ano e a data precisa em que Jesus poderia ter vindo ao mundo, já que ninguém sabia exatamente quando tinha sido o nascimento de Cristo.
O Ano 1
Se baseando nas informações concretas que tinha, Dionísio estabeleceu o ano 1 do calendário cristão como se o de 754, ano em que a cidade de Roma como um estado cristão tinha vindo ao mundo. O calendário passou a ser usado pelos cristão e ganhou uma grande importância pelo mundo, especialmente depois da coroação de Gregório XIII como o papa em Roma, no ano de 1582. É por este motivo que o calendário cristão do Ocidente ficou conhecido como gregoriano, baseando-se na nomeação do novo papa. Mesmo com a hegemonia da religião, considerada única naquela época, começaram a surgir pelo mundo calendários cristãos organizados de forma diferente.
Propagação Pela Europa
Por causa do grande império cristão que começou a dominar toda a Europa, o calendário cristão passou a ser adotado em outros países, inclusive sob a forma de interesse econômico e comercial entre as potencias religiosas da época. Com isso, os europeus passaram a assumir mais poder político e econômico ao redor do mundo, sendo estes povos os grandes inspiradores de outros calendários fora do continente europeu.
Calendário Cristão na China
Por causa de todo esse poderio e a hegemonia política do cristianismo, países que não conhecem a fé cristão começaram a dotar o novo calendário por causa das relações comerciais que possuíam com a parte ocidental do globo, especialmente com a Europa, onde a religião era a mais vigente. Mesmo assim, já faz mais de 5 mil anos que o calendário tradicional vigora entre o povo chinês, embora este não possua um ano inicial da sua criança e existência. Um fato curioso a cerca de todo esse interesse chinês, é que o ano novo no país ocorre segundo o próprio calendário cristão, ocorrendo no mês de fevereiro segundo a vertente gregoriana de contar as datas.
Erros de Cálculo
Depois de muito tempo, estudiosos descobriram que o calendário cristão possuía alguns erros de cálculos, já que se baseava em uma possibilidade muito remota de que o nascimento de cristo coincidia com a criação da cidade de Roma. Porém, muitas pesquisas e outras descobertas possuem em tese ou teoria de que Jesus tenha nascido em algumas possíveis datas, muito mais prováveis do que aquelas calculadas pelos inventores do calendário cristão. Para pesquisadores, este período estria corretamente compreendido entre 4 a.C e 7 a.C, contrariando os cálculos feitos no calendário gregoriano.
Como o Calendário Funciona?
O calendário baseado na data do nascimento de Cristo é muito usado até hoje, onde muitas datas comemorativas costumavam ser até mesmo religiosas, se relacionando ao cristianismo, como o Natal e a Pascoa por exemplo. Para entender o seu funcionamento, basta considerar o ano 1 do mesmo como a época em que Jesus teria vindo ao mundo. Os anos anteriores ao seu nascimento possuem uma contagem decrescente e são acompanhadas das siglas A.C que significam “antes de cristo”. Já os anos que decorrem posteriormente ao nascimento de Cristo possuem uma contagem crescente e quando há necessidade, os anos vem acompanhados na sigla D. C ( depois de cristo, ou então utilizando as siglas a.D, ou seja, Ano Domini ou Ano do Senhor).
Por causa das datas serem contadas em grandes intervalos de tempos, se usa muito a palavra século para definir cada época e os acontecimentos inseridos em cada um desses períodos. O século é uma palavra que equivale a uma contagem de 100 anos seguidos. Dessa maneira, o século 1 de iniciou no ano 1, ano em que cristo havia nascido. O calendário assim termina no ano 100 ou século II, continuando a sua contagem de cem em cem anos.
A parte em que os séculos começam a ser contadas influenciam até mesmo os calendários mais modernos que também se baseiam na contagem de cem em cem anos. Fazendo as contas atualmente, nos encontramos no século XXI, ou seja, que teve início no ano de 2001 e terminará em 2100.
