Julian Assange: Fundador do WikiLeaks

O jornalista, escritor e ciberativista Julian Paul Assange ficou conhecido do mundo todo quando fundou o polêmico site WikiLeaks em 2006. Nascido em Townsville, Suécia, no dia 03 de julho de 1971 o jornalista foi responsável por inúmeros vazamentos e denúncias através do seu site.

Resumo dos Fatos

Grande parte do trabalho de Assange no WikiLeaks se deve ao fato de ter estudado matemática e ser um programador com habilidades de hacker. No ano de 2006 o então hacker fundou o WikiLeaks, ele faz parte do conselho consultivo do site. Assange é uma figura controversa que irritou e muitos os Estados Unidos.

Um mês após o WikiLeaks ter publicado documentos secretos da Guerra do Afeganistão Assange foi acusado de estupro e agressão sexual. O grande temor de Assange era ser preso na Suécia e depois extraditado para os Estados Unidos uma vez que os dois países têm um acordo bastante amplo de extradição.

Para Assange as acusações eram um meio de levá-lo a solo americano para ser julgado por espionagem, fraude e uso indevido de computadores. Com a sua condenação Assange seria enviado para uma prisão americana onde poderia vir a ser assassinado. Em 2012 Julian Assange recebeu asilo político no Equador.

WikiLeaks e Documentos Secretos

Dentre os principais tipos de documentos secretos publicados pelo WikiLeaks estão aqueles que se referem a execuções extrajudiciais no Quênia, documentos a respeito de resíduos tóxicos descartados ilegalmente na África, tratamento dos prisioneiros da Prisão de Guantánamo (que hoje está desativada) entre outros.

No ano de 2010 o site WikiLeaks irritou e muito os Estados Unidos publicando documentos sobre o envolvimento do país nas guerras do Afeganistão e Iraque. Ainda em 2010, no dia 28 de novembro, o WikiLeaks juntamente com os seus cinco parceiros da mídia (Le Monde, El País, The Guardian, The New York Times e Der Spiegel) passaram a divulgar telegramas secretos da diplomacia dos Estados Unidos.

O grande reconhecimento do WikiLeaks se deu em 2010 devido ao vazamento massivo de documentos a respeito de possíveis crimes de guerra cometidos durante as guerras do Afeganistão e Iraque por parte do exército norte-americano. Por causa desses vazamentos Assange perdeu a sua cidadania sueca. 

Prêmios

Julian Assange ganhou o Amnesty International UK Media Awards de 2009 pode ter divulgado os assassinatos extrajudiciais ocorridos no Quênia. Quando recebeu o prêmio Assange falou sobre a coragem da sociedade civil queniana que registrou toda a injustiça desses crimes.

Em 2008 Assange já havia recebido o prêmio Index on Censorship do Economist. No ano de 2010 Assange uma das 50 figuras mais votadas para fazer parte da lista de pessoas mais influentes da New Statesman, ele ficou em 23° lugar. Nesse mesmo ano recebeu o Sam Adams Award um prêmio que é concedido para quem trabalha com a ética no jornalismo.

Em 2011 algumas comunidades da internet indicaram Julian Assange para o Prêmio Nobel da Paz 2011 pela criação do WikiLeaks.

As Acusações Contra Julian Assange

No ano de 2010, cerca de um mês depois de ter sido feita a divulgação dos documentos secretos do exército americano na Guerra do Afeganistão, foram expedidos dois mandados de prisão contra Assange pela polícia sueca. Os mandados tinham como acusações estupro e agressão sexual.

Nesse momento Assange estava na Suécia para fazer algumas palestras e enquanto era procurado pela polícia pessoas se mobilizavam na internet para denunciar uma conspiração dos Estados Unidos. A mulher que acusou Assange disse que havia feito sexo consensual com ele, porém, na manhã seguinte acordou com ele fazendo sexo com ela novamente sem o seu consentimento e sem preservativo. 

A Caçada a Assange

Depois de muito barulho em torno da questão a polícia sueca retirou a ordem de prisão. Porém, no dia 1° de setembro de 2010 o processo foi reaberto pela justiça da Suécia. Em 20 de novembro do mesmo ano a Suécia pediu a Interpol que efetuasse a prisão de Assange para fins de extradição.

Em 30 de novembro foram distribuídas pela Interpol em 188 países uma notificação vermelha a respeito de Assange, ou seja, uma notificação de busca de paradeiro. O advogado de Assange destacou o caráter incomum da prisão uma vez que o juiz sueco solicitou que o prisioneiro não tivesse acesso a advogado, a visitantes ou a outros presos.

No dia 07 de dezembro de 2010 Assange se entregou a Polícia Metropolitana, em Londres e negou as acusações. O jornalista ficou detido no presídio de Wandsworth até o dia 16 de dezembro e depois aguardou em liberdade até que uma nova audiência fosse marcada para tratar da extradição. 

O Julgamento

Assange foi julgado num tribunal de Londres e depois de pagar fiança de 200 mil libras foi solto tendo que entregar o seu passaporte, viver sob toque de recolher e usar uma pulseira de localização.

No dia 24 de fevereiro de 2011 foi determinada a extradição de Julian Assange para a Suécia por um juiz britânico. Foi requerida uma reavaliação a respeito da extradição de Assange e em 31 de maio de 2012 a corte suprema do Reino Unido anunciou sua decisão a favor da extradição do jornalista para a Suécia.

Asilo no Equador

No dia 19 de junho de 2012 Assange se refugiou na embaixada do Equador em Londres pedindo asilo político do país. Em 16 de agosto de 2012 o asilo político foi concedido pelo presidente Rafael Correa. Houve a ameaça do Reino Unido de invadir a embaixada equatoriana, mas o Equador manteve o asilo.

A ameaça contra a embaixada equatoriana em Londres foi repudiada pelo governo do país sul-americano. 

Movimento Pró-Assange

Depois de divulgar inúmeros documentos secretos através do WikiLeaks Assange se tornou uma figura perseguida por muitos governos e também por empresas como as empresas bancárias que deixaram de processar atividades financeiras ligadas ao WikiLeaks, porém, ele também recebeu apoio de muitas pessoas.

Famosos como Michael Moore e Bianca Jagger e até mesmo presidentes como Vladimir Putin (Rússia) e o ex-presidente Lula se mostraram a favor do fim da perseguição a Assange. Na internet as pessoas manifestaram-se a favor do ativista.

O Quinto Poder

O filme intitulado “O Quinto Poder” no Brasil é uma produção que visa contar a história de Julian Assange e do WikiLeaks. O ator Benedict Cumberbatch (Star Trek: Além da Escuridão) foi escalado para viver Assange. O fundador do WikiLeaks trocou e-mails com o ator, mas disse que não gostou do filme, pois acha que a história diminuiu o trabalho de ativismo. 

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