Nasce no dia sete de setembro de 1943, Ariclê Perez. Tornou-se uma importante e famosa atriz, foi casada com Flávio Rangel (diretor de teatro).
Seu destaque era mesmo nos teatros, tanto que participou em aproximadamente cinqüenta peças teatrais, muitas delas dirigidas por seu marido Flávio. Sua grande estréia nos palcos foi quando participou de Electra no ano de 1967. Ariclê também participou da primeira montagem brasileira da peça teatral Hair e fez parte do espetáculo Hoje é dia de rock.
Mas o ultimo trabalho que a atriz fez no teatro foi quando fez parte do elenco da peça Criador e Criatura, onde interpretava Capitu no ano de 2002.
Ariclê na televisão
Foi em 1976 que a atriz estreou nas telinhas de TV fazendo Canção para Isabel na TV Tupi, também interpretou Valquíria em Como salvar meu casamento também na TV Tupi (esta novela da extinta Rede Tupi não teve seu final exibido porque a emissora acabou).
Em 1989 fez Sampa, no mesmo ano fez Cortinha de vidro no SBT, no ano seguinte fez Meu bem, meu mal interpretando Rosa Maria Gentil, em 1991 e 1992 fez Ametista em Felicidade, Ariclê também foi Gertrudes na minissérie Memorial de Maria Moura (1994), Celeste em Decadência, outra minissérie em 1995.
Fechando a década de 90, interpretou Gilda em Salsa e Merengue (1996) na Rede Globo e Elisina Jordão na segunda versão de Anjo Mau (1997/98) na mesma emissora.
Nos últimos dez anos fez a minissérie Os Maias onde era Maria da Gama (2001), Olga na série Sandy & Júnior (2002/03), fez também a Madre Cecília da Purificação na famosa minissérie A casa das Sete Mulheres, outra minissérie onde trabalhou foi em Um só Coração onde interpretou Madame Claire.
Teve participação especial na série A Diarista, onde incorporou Pérola, e, seu último papel nas telinhas da Rede Globo foi na segunda fase da minissérie JK, onde fazia Júlia Kubitschek, mãe de Juscelino.
E nas telinhas do cinema?
Ariclê fez poucos papéis nas telas de cinema, mas começou em 1971 fazendo Paixão na Praia, de Alfredo Sternheim depois de dez anos longe dos cinemas, voltou e fez Pixote, A lei do mais fraco, dirigido por Hector Babeno e sua personagem era uma professora.
Seu último trabalho cinematográfico foi em 2005 quando parte do elenco do filme Quanto vale ou é por quilo?, filme este que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no festival do Ceará.
Ariclê deixou para sempre a carreira de atriz
Foi no dia vinte e seis de março de 2006 (dois dias após o termino da minissérie JK) que a atriz se suicidou se jogando da janela de seu próprio apartamento. Ariclê já sofria de depressão e morava sozinha no décimo andar de um prédio no bairro Higienópolis, em São Paulo.
A ironia do destino foi que em sua última cena na minissérie JK, Júlia Kubitschek também faleceu.
Por Luiziane Acunha