Emicida é um dos grandes nomes do Rap Brasileiro, considerado uma das maiores revelações do hip hop brasileiro nos anos dois mil.
Biografia
Nascido sob o nome de Leandro Roque de Oliveira, em São Paulo, no dia dezessete de agosto de mil novecentos e oitenta e cinco, veio de família pobre e viveu sua infância na favela. Perdeu o pai ainda na infância, morto em uma briga de bar. Durante a juventude trabalhou como pedreiro, pintor, feirante, vendedor de hot dog e desenhista.
Em paralelo aos empregos que tinha que ter para ajudar no sustento de casa, ele participava de batalhas de improvisação de raps, que são bem comuns nas cidades, as pessoas que começam a participar e vencer por diversas vezes, acabam criando um nome entre os que estão ali batalhando, e se tornam conhecido no seu meio. Por suas vitórias constantes, os amigos de leandro começaram a falar que ele “matava” os adversários na batalha, daí veio o nome Emicida, a junção das palavras “MC” e “Homicida”. Em relação ao seu nome, mais tarde o rapper criou uma frase com as iniciais do seu nome artístico, ficando: E.M.I.C.I.D.A. (Enquanto Minha Imaginação Compuser Insanidades Domino a Arte).
O rapper ainda compunha canções e passava a amigos, para que eles pudessem grava-las e assim vendê-las. Por volta de dois mil e cinco, começaram a surgir vídeos do rapper em batalhas de improvisação na internet, que logo se tornarão um sucesso no mundo cibernético.
Primeiras Aparições
A primeira faixa do rapper lançada na internet e composta e gravada por ele foi a canção “Contraditório Vagabundo”. A primeira aparição dele na mídia foi o single “Triunfo”, que em seu videoclipe hoje soma mais mais de oito milhões de visualizações no Youtube, na época de lançamento alcançou o vídeo alcançou rapidamente cerca de seiscentas mil visualizações, um feito novo para um rapper iniciante.
Sua mixtape de estréia foi lançada no começo do ano de dois mil e nove, intitulada “Pra quem já Mordeu um cachorro por comida, até que eu cheguei longe…”, a mixtape juntou vinte e cinco faixas que ele gravou durante o começo de sua carreira até esse ponto. As vendas impressionaram pela forma que foram feitas, no total foram cerca de treze mil cópias, num sistema onde não havia grande divulgação da mixtape, essas vendas ocorriam por intermédio de pessoas que queriam levar o trabalho dele para o conhecimento de outros.
No ano de dois mil e nove foi indicado a três categorias do prêmio Video Music Brasil, sendo elas: “Aposta MTV”, “Melhor Grupo/Artista de Rap”, e “Videoclipe do Ano”, mas infelizmente perdeu em todas elas, em partes porque o voto era popular e alguns artistas maiores que ele na época levaram os prêmios.
No ano de dois mil e dez lançou o segundo single de sua carreira, chamado de “Besouro”, que estava incluso na segunda mixtape que ele iria lançar, intitulada “Emicídio”. Ainda em janeiro de dois mil e dez, lançou o seu primeiro EP, “Sua mina ouve meu rap também”.
Carreira já Consolidada
Com as indicações aos prêmios e um certo sucesso musical, Emicida se tornou conhecido. Em fevereiro de dois mil e dez foi chamado para participar do programa “Altas Horas” da Rede Globo. A presença do cantor na Rede Globo pode ser considerada como um marco na história do rap brasileiro, onde não era comum aparições na mídia, principalmente na emissora em questão. No mesmo ano, em setembro, ele também apareceu no Programa do Jô.
No segundo semestre de dois mil e dez ele deu início a gravação de sua segunda mixtape. Apesar de já possuir um certo sucesso, ele optou por mixtape ao invés de um álbum gravado no estúdio, segundo ele por ser algo mais caseiro. Ele lançou em treze de agosto a sua terceira grande aposta para o sucesso, Emicídio, que deu título a sua mixtape. Lançou sua mixtape através do MySpace, contendo dezoito faixas e a participações de alguns rappers como Rael da Rima e Kamau.
As letras compostas por ele são sempre fortes, e trazem uma mensagem importante aos que escutam, na segunda mixtape lançada falou sobre como criar uma criança e as responsabilidades advindas disso, sobre sua família, sobre a situação que ele via no rap. Assim como no lançamento do primeiro trabalho, as mixtapes foram vendidas por cerca de cinco reais, por pessoas interessadas em vender o trabalho dele ao redor do país.
No dia quinze de abril de dois mil e onze, ele fez uma participação no festival Coachella, na California nos Estados Unidos. Emicida se tornou a partir disso o primeiro rapper vindo do Brasil a se apresentar em um festival de grande porte norte americano. Ele também esteve na edição de dois mil e onze do Rock in Rio, onde se apresentou duas vezes.
Ele também entrou para o elenco do programa ”Manos e Minas” da TV Cultura, onde ele começou a exercer o papel de repórter, sendo encarregado de entrevistar várias pessoas importantes do mundo da música. Ele também participou da Virada Cultural de dois mil e dez, e sua participação teve grande destaque.
No Video Music Brasil de dois mil e onze, ele concorreu novamente em três categorias, sendo elas “Clipe do ano”, “Hit do ano” e “Artista do ano”. Os ganhadores nesse ano foram escolhidos por críticos musicais e pessoas entendidas do ramo musical, o que certamente fez com que ele fosse escolhido por total mérito em atuação como músico, e ganhando em duas categorias, sendo elas: “Clipe do Ano” com o videoclipe da música “Então toma” e também na categoria “Artista do ano”.
Seu segundo EP foi produzido pelos artistas norte americanos já experientes no ramo musical, sendo eles Beatnick e K-Salaam, tudo em parceria com The Studio, sendo intitulado de “Doozicabraba e a Revolução Silenciosa”, ele contou com a participação de cantores como: MV Bill, Paola Lucio, Real da Rima, Dom Pixote e Evandro Fiote. O download do disco era gratuito na internet para quem realiza-se um tweet sobre ele, uma ação bastante inovadora. O EP contem nove faixas, e o físico possuí uma faixa bônus.
Ele também esteve presente no festival Coquetel Molotov, onde se sagrou como uma das atrações mais esperadas. Esteve participando do álbum da banda NX Zero, e também lançou uma música “Só Rezo 0.2’’ juntamente da rapper norte-americana Yo-yo, onde também foi lançado um videoclipe. Ainda em dois mil e onze, foi convidado a comandar um programa na MTV, chamado de Sangue B, onde levava ao público informações tanto do rap e também hip hop nacional quanto do internacional.
Em fevereiro de dois mil e treze ele se apresentou no Congresso e Festival Internacional de Música e Cultura Digital DIGITALIA, como Conferencista, e também se apresentou musicalmente. No dia vinte e um de agosto de dois mil e treze ele lançou o seu primeiro álbum gravado em estúdio, intitulado “O Glorioso retorno de quem nunca esteve aqui”. Nesse mesmo ano compôs trilha sonora para o videojogo “Rockstar Games Max Payne 3”.
Letras Fortes E Controvérsias
O cantor se posiciona perante as causas que acha certo e também fala sobre elas em suas letras. Em uma apresentação em Belo horizonte ele teve um pequeno problema com a polícia ao falar “o dedo do meio para a polícia que desocupa as famílias mais humildes”, referindo-se ao desalojamento de famílias sem teto na capital. Após o show ele foi levado a delegacia.
Na bio do site do cantor você pode acompanhar um texto forte sobre sua trajetória, segue um trecho que pode explicar melhor sobre esse cantor e sobre como ele conta uma história através de suas canções.
Para quem conhece seu trabalho, acredita que ele foi escolhido pela música que ele faz. Ele é um dos grandes destaques do rap no Brasil, estando entre os considerados melhores do país. Assim como todos os artistas de rap, ele procura falar do que vê e do que sente e sentiu em toda sua trajetória, sendo também um reflexo para aqueles que vivem em situações parecidas com a que ele já viveu. O seu rap tem o poder de se reconhecer em suas palavras. Ao mostrar o caminho que ele teve em sua vida, apresenta as lições que teve com elas, mostrando que tudo na vida tem um ensinamento.
Além disso, acredita-se que a trajetória dele o levou ao sucesso que possui hoje, sendo uma história de inspiração para muitos. Um homem forte, que se posiciona e que alcança o que quer. Seguindo a famosa frase que ele costuma dizer “a rua é nois”, mostra como ele se sente integrado naquele que viveu, mas apesar de mostrar a pequena parte que ele viveu, conseguiu alcançar proporções mundiais. O seu rap foi um abre alas para os próximos artistas se mostrarem mais integrados tanto no cenário musical brasileiro, como em contato com mídia.